terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Pirro e a suspensão do pensar

O filósofo Pirro de Élida acompanhou Alexandre o Grande na expedição rumo à conquista da Índia. Lá conheceu os gimno-sofistas, 'os sábios nus', e aprendeu com eles a arte da meditação. 

Retornando à sua pátria, após 10 anos, Pirro traduziu para a maneira grega os ensinamentos que recebeu daqueles extraordinários mestres. Dizia o filósofo que pela epoché - suspensão do pensar - o homem chegaria a viver em ataraxia, ou seja, em estado de tranquilidade, felicidade, imperturbabilidade da alma e pleno domínio de si, e neste estado de pura percepção da realidade, o homem estaria livre de opiniões, teorias, julgamentos, confusões e jaulas mentais, experienciando, assim, a afasia, o silêncio pleno de paz e virtude.

 Tão grande consideração e devoção o povo de Élis tinha por Pirro que os filósofos foram isentos de pagar impostos. Ele foi fundador de uma importante escola denominada ceticismo, onde prestigiava a dúvida como método de investigação da verdade e como ferramenta de demolição de dogmas.

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