terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O amor como o maior dos argumentos

Fui professor durante quase 10 anos e tive alunos difíceis, agressivos, desobedientes e problemáticos. Não me recordo de ter usado contra eles palavras ferinas, abusivas, preconceituosas, cheias de xingamentos, venenos, gritos e desmoralização.

 Fui tomado algumas vezes por intensa raiva, mas procurava me conter. Aconselhava e repreendia com mais contundência quando preciso, mas sem extrapolar o limite do razoável. O que as palavras malditas proferidas por pais e professores contra crianças e adolescentes contribuem para a criminalidade e a destruição de sua autoestima, poucos ainda tem consciência disso! Educar não é uma tarefa simplória, sabemos. 

Se linguagem agressiva, gritos, pisas e palavrões resolvessem o problema da educação, viveríamos num mundo cheio de gente educada, bem resolvida, refinada e civilizada. Como diz Gerry Spencer, em seu livro 'Como Argumentar e Vencer Sempre: Em Casa, no Trabalho, no Tribunal, em Qualquer Situação' - ao ensinar como desenvolver a argumentação com filhos -, "a principal ferramenta, naturalmente, é o amor; se eu pudesse ensinar aos pais apenas uma coisa com relação à arte de argumentar com os filhos, seria como amá-los ainda mais". 

Relembremos, também, o que cantou o poeta: "Com gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente".

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