segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Consolações humanas

Vinha ouvindo músicas a caminho do trabalho quando de repente uma frase fixou meu pensamento, e que dizia assim, na voz do seresteiro:

"Deveria o homem em Deus firmar-se a tal ponto que não precisasse mendigar tantas consolações humanas".

Quando temos Deus dentro de nós, Nele buscamos refúgio, descanso, consolo, conformação, depositamos nossas angústias, esperanças, medos, fragilidades.

Distante Dele, aos homens recorremos, implorando piedade, compreensão, atenção, um pouco de carinho. Não é que não precisamos de tudo isso, do amor, da amizade dos outros, mas tendo Deus, não precisamos chegar a ponto de viver como mendigos emocionais.

A escravidão humana se manifesta de muitos modos. E a canção que eu ouvi a caminho do trabalho me fez ver um caminho de libertação.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eis aqui um escravo...
O trecho da poesia que você ouviu nos mostra um lado superior a ser alcançado por nós, com uma seta apontando para o alto.
Mas será que Deus não se manifesta através da mão humana?
Lembro-me de um ditado que diz que a porta sempre esteve e está aberta, mas é preciso pegar na maçaneta para abri-la. Essa maçaneta pode ser uma mão, que nos abre muitas portas, nos dando o conforto necessário.
Às vezes penso que ainda não tive força e coragem prá pegar na maçaneta, mas acredito que já me encontro diante de algumas portas, algumas já se abriram. A mão humana ainda é uma necessidade prá mim. Por isso me vejo em alguns momentos sendo escravo disso, algo a ser superado, a se vencer com Deus. O trecho da música é um ponto que faz parte do todo, faz parte da verdade.

***

Sanderson Silva de Moura disse...

Caro amigo

Que esse seu comentário tão importante faça parte do texto.

Concordo com ele, e de uma certa maneira falei isso no post ao dizer "que não é que não precisamos...", mas você trouxe humanidade e sensibilidade a reflexão.

Grato.

Anônimo disse...

Engraçado, muitas vezes me vi fazendo coisas que feriam meus princípios, somente para agradar e chamar atenção de outros.
Concordo com suas palavras, acredito que Deus é nosso maior conforto e é a ele que devemos recorrer as nossas dores.

Anônimo disse...

Prezado Dr.Sanderson,
Li e reli o seu texto varias vezes, pois ele nos remete a uma reflexão a cerca do quanto somos pueris, ao fazermos dos nossos amigos uma verdadeira “caixa preta” dos nossos problemas, não mensurando que ao tempo em que nos aproximamos em demasia deles, nos agarrando a eles como tábua de salvação, proporcionalmente vamos nos afastando Daquele, que é O Único capaz de nos propiciar o consolo que anelamos. Existe o bem e o mal sofrer. O bem sofrer é o sofrimento com resignação. É saber suportar o jugo sem lamúrias, buscando acreditar firmemente que o Pai Celestial não desampara um só dos seus filhos. Essa consolação em Deus é o que propicia o soerguimento daqueles que passam por toda sorte de dores, quer sejam físicas, materiais, morais, espirituais... Um homem não consola o outro, tão somente conforta com palavras, com preces. Palavras que reconfortam existem, que consolam, não. Quem consola, é o Excelso Criador, que com o seu infinito amor balsamiza nossas chagas, revigora nosso corpo físico, reanima nosso espírito... Em quaisquer situações em que nos encontremos, por mais difícil que seja não podemos esquecer o que Jesus nos ensinou no Sermão da Montanha, mais precisamente na segunda regra: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. (Bem Aventuranças - Mateus 5:3-10) Paz e luz. Forte abraço e fique com Deus.

Célia Soares