Honestidade. Quem é honesto impõe respeito à sua argumentação.
Cultura geral. Quem só sabe o direito não conhece o direito.
Independência. A maior traição que um advogado pode cometer contra seu ofício é tornar-se subserviente ao arbítrio. A independência indica a estatura moral do advogado.
Conhecimento jurídico. Indispensável pela própria natureza da profissão.
Sensibilidade. Mora aí o segredo das grandes defesas.
Coragem. A obediência do advogado deve ser à Justiça, devendo concentrar todo o seu talento no combate à ilegalidade.
Paciência. Em determinadas situações quem mais contribui com o sucesso da defesa é o tempo.
Forte, lúcida e equilibrada argumentação. A arma do advogado, sabidamente, é a palavra, escrita e oral.
Dias desses um jovem que pretende ser advogado perguntou-me o que era preciso para se tornar um bom criminalista.
Respondi-lhe: Desenvolvida memória. Vocação. Honestidade. Inteligência. Sensiblidade. Conhecimento. Independência. Coragem. Eloquencia. Espiritualidade.
Ser um bom criminalista é um trabalho de aperfeiçoamento para a vida inteira.
3 comentários:
Acredito, em minha humilde opinião enquanto acadêmico e estudioso da ciência criminal, que outra característica mais que necessária ao advogado criminalista é o Objetividade. Muitas vezes o advogado perde o foco de sua defesa por questões alheias e que em nada influenciam no deslinde do caso, comprometendo todo um trabalho.
Assim como o advogado deve ter "forte, lúcida e equilibrada argumentação", a atenção e objetividade nessa argumentação é requisito básico para o êxito.
Logicamente que o defensor não deve jamais perder a noção e percepção daquilo que acontece a sua volta, até mesmo como forma de contornar problemas e modificar estratégias, mas sem nunca perder o foco. Deve ele ter nítida consciência do porquê e para quê está ali.
Se eu estiver enganado, Dr, corrija-me, por favor. Afinal de contas sou apenas um estudioso do Direito.
Um grande abraço a todos!
Caro Arthur
Gosto muito de suas opiniões.
Sem dúvida a objetividade é importante dentro do trabalho do advogado.
A objetividade faz parte da boa argumentação jurídica juntamente com a coerência, a clareza e a concisão.
Vejo que a objetividade já vem contemplada quando se refere a eloquencia, oratória, ou retórica, visto que sem objetividade não podemos falar autenticamente em ciência do falar bem.
Vejo que você tem boa argumentação, sempre bem objetivo, claro, conciso e coerente no que diz.
Abraços
Sanderson Moura
Sanderson Moura
Verdade, Dr. Sanderson!
Podemos resumir tudo isso na nobre arte da eloquência, afinal de contas a verdadeira eloquência consiste em dizer tudo o que é preciso e em só dizer o que é preciso.
Obrigado pelas palavras. Elas só reforçam minha paixão pelo Direito e me motivam ainda mais nos estudos.
Abraços!
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