Aproveitando esse início de feriado para preparar minha defesa num júri de caso passional. Relei-o trechos importantes de A Paixão no Banco dos Réus, de Luiza Nagib Eluf.
Como disse numa ocasião Roberto Lyra, um dos maiores promotores do júri brasileiro: "Uma vez convencido deve-se escrever e falar a caráter".
Devo muito do pouco que sei do júri aos promotores de justiça - a gente aprende muito com eles, e de certa forma depende deles também para falar bonito.
Disse certa vez Waldir Troncoso Peres - em tom de brincadeira, mas revelando grande verdade, quando proferia palestra - que precisava de um promotor que o cutucasse, que o provocasse, para que a eloquência brotasse de seu verbo.
É isso mesmo que acontece muitas vezes no júri - quanto mais o promotor nos cutuca, nos provoca, nos acicata, nos chicoteia, mal sabe ele que está fazendo a chama da eloquência nascer no espírito da defesa.
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