sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Prefiro a ditadura do relativismo do que a ditadura do absolutismo

Em 2005, o papa Bento XVI, conceituado doutrinador católico, lamentava porque o mundo estava caminhando para a "ditadura do relativismo". Pareceu-me um certo saudosismo medieval, quando a igreja ditava o que era certo e o que era errado - época em que quase tudo ficou subdesenvolvido no campo da arte, da ciência e do pensamento. 

Falar em "ditadura do relativismo" é uma contradição em seus próprios termos; ditadura existe quando se quer sufocar o relativismo. O relativismo é como a dualidade, é uma lei da natureza; mais do que sufocá-lo, é preciso entendê-lo; não se supera negando-o. Mais verdades foram encontradas em meio às verdade relativas do em meio às verdades absolutas. 

Ambientes de verdades absolutas são lugares tristes, atrasados e obscuros. "O homem é a medida de todas as coisas". Para mim, mais vale a pena pagar o preço de se viver em liberdade à viver sob as sombras dos dogmas, dos fanatismos e do aprisionamento do pensar.

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