terça-feira, 27 de dezembro de 2016

"Foi um sábio, meu filho, este homem foi um sábio!"

César, Pompeu e Marco Antonio decidiram juntos a ordem para assassinar Cícero. Embora a vontade de César não fosse esta, findou cedendo a pressão dos outros dois membros do triunvirato romano, que viam na eloquência de Cícero a maior ameaça aos seus planos de poder. 

Após alguns anos, César Augusto, já mais velho, em visita ao seu neto, percebeu o jovem lendo avidamente um livro, que tão logo o escondeu quando viu seu poderoso avô entrando no recinto. César, em ar severo, pediu que o rapaz mostrasse o livro, o que ele o fez, temerosamente, pois se tratava de um livro de Cícero, de leitura proscrita. O imperador passou a ler trechos do livro Dos Deveres, em voz vibrante e teatral, imitando os fortes e persuasivos gestos do imortal orador, e depois, serenando a expressão, entregou o livro ao jovem dizendo: "Foi um sábio meu filho, este homem foi um sábio!"

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