terça-feira, 18 de agosto de 2009

A advocacia inglesa

Os advogados ingleses não precisam ser necessariamente formados em direito para exercerem a profissão. A escolha é vocacional.

Por lá, o candidato a causídico faz estágio num escritório de advocacia, e quando sente que estar apto para ser advogado faz o Exame da Ordem, e se passar tem autorização para advogar.

E o mais interessante de tudo isso é que os mais procurados advogados são aqueles formados nos próprios escritórios, e não os formados pelas universidades.

A advocacia inglesa é bem direcionada a recepcionar as vocações.

No Brasil, durante muitas décadas tivemos a figura dos rábulas, advogados não formados em direito, mas que brilharam em suas atuações criminais nos tribunais do júri do país. Cito alguns: Evaristo de Morais, o maior de todos; Café Filho, o Presidente da República; Antonio Conselheiro, o Beato de Canudos; João da Costa Pinto, que morreu enquanto fazia uma defesa no Júri; Luiz Gama, o abolicionaista, e tantos e tantos outros.

Realmente, para ser advogado não necessariamente é preciso ter faculdade de direito. Mas falo aqui em relação àqueles que trazem do berço a chama da arte de defender, por natureza, por vocação, e essas vocações são raras.

Também na inglaterra todos os juízes dos tribunais são originários da advocacia. São escolhidos para a magistratura os advogados mais experientes, mais cultos, mais íntegros. Eis o que torna o sistema jurídico inglês mais maduro, mais inteligente, mais civilizado.

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