"Estuda - O direito está em constante transformação. Se não o acompanhas, serás cada dia menos advogado", esse é o primeiro mandamento de nossa profissão, segundo Eduardo Couture.E nesse caminho, em recente obra, Manual Prático do Júri, de Romualdo Sanches Calvo Filho, encontramos uma inteligente observação, já constatada por muitos, da transformação havida na forma do jurado basear o seu veredictum, no decorrer da história.
Diz o reconhecido defensor que o Conselho de Sentença de hoje não mais se impressiona apenas, como o de ontem, por discursos candentes, palavras sedutoras e inconformismos veementes, muitos, inclusive, desprovidos de conteúdos.
Romualdo Sanches Calvo Filho, que é um especialista no Júri, explica que os jurados modernos valorizam também a idoneidade do quadro probatório, articulado de maneira técnica, serena, objetiva, lógica e sem muitas firulas, levando muito em conta o conhecimento que o tribuno tem de outras disciplinas que possam fazê-los melhor compreender a tese e a antítese submetidas a eles para a valoração.
E conclui ao afirmar que não satisfeitos com tudo isso, os jurados desejam ainda que os tribunos tenham uma boa voz, um bom português, um bom gestual e uma boa aparência, tudo sem prejuízo da boa educação e do necessário controle emocional.
Trata-se de obra atual elaborada a partir do ponto de vista da defesa, e que surgiu em boa hora. Traz doutrinas bem pertinentes, jurisprudência atualizada e traz também o toque da experiência do tribuno, do homem de júri, o que torna o livro um boa referência no assunto.
É o livro que escolhi como base técnica e prática a me guiar no julgamento de Hildebrando Pascoal.
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