Um linda cortesã egípcia certo dia levou um jovem e rico grego ao tribunal porque este desmarcou com ela um encontro amoroso que se daria em troca de elevados favores materiais.
Na noite que antecedeu ao encontro, o jovem teve um sonho sexual tão real com a bela cortesã que ficou satisfeito, desmarcando assim o compromisso ao explicar-lhe a razão. No tribunal, a cortesã alegava que foi com a imagem dela que ele conseguiu se satisfazer em seus sonhos.
O juiz então pediu ao jovem que trouxesse para a audiência a quantia a ela oferecida. No recinto do tribunal, o juiz posicionou a mulher num lugar e o jovem num outro lugar, de maneira que qualquer gesto que o jovem fazia refletia a sombra na cortesã. Então, o juiz pediu que ele entregasse o dinheiro fazendo um gesto com sua mão, de modo que a sombra desse gesto chegasse até a mão da cortesã, que por ordem do juiz, estava aberta para receber.
A cortesã achou muito irreal a sentença do juiz que deu a ela ganho de causa mas pagando-a com a sombra do dinheiro, com o mesmo material da qual é feito os sonhos.
A vida nos tribunais está cheia de tudo isso, sonhos, sombras, ficções, querelas imaginárias. (História baseada no livro 100 Lições Para Viver Melhor, de Cláudio Moreno).
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