sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma forma sutil de furtar

Desde cedo aprendi, na minha formação intelectual, não passar como minhas, ideias, frases, citações que aprendi, li ou ouvi de outros.
 
 Seja no júri, numa entrevista para a imprensa, numa palestra, num espaço religioso ou político ou social, numa conversa entre amigos, num artigo ou texto na internet, sempre cito a fonte de pensamentos que não são meus, dou o crédito da autoria a quem os elaborou, os construiu, os criou.
 
Então digo: "Sócrates falou...", "Osho disse...", "Buda ensinou...", etc, e aí depois complemento com uma interpretação minha, com um exame meu; porque sempre achei algo sem brilho, sem espírito, sem graça, sem criatividade - uma forma sutil de furtar - uma pessoa citar uma frase que não é sua como se sua fosse.
 
Uma das mais bonitas virtudes do intelecto que eu acho é a honestidade intelectual. E como é tão fácil e básico perceber quando alguém passa como sua, ideia que é dos outros; só mesmo por causa da inconsciência, da desonestidade, necessitarmos de uma lei chamada lei de direitos autorais.

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