terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mire-se no destemor dos espíritos nobres

Segundo Miramez o candidato a orador deve familiarizar-se com os espíritos superiores, com as idéias elevadas, com os ideais nobres.

Isso quer dizer que aqueles que falam bem tem uma longa e laboriosa relação com os grandes homens da humanidade, os acordados, com os homens de consciência evoluída.

Não basta ler muito. Tem que saber o que se está lendo, o que se está conhecendo.

Carlos Lacerda disse certa feita que aprendeu a verbalizar bem lendo as obras de Machado de Assis e Eça de Queiroz.

Não é que você deverá imitar Carlos Lacerda. Se servir tudo bem, se não servir procure uma leitura que lhe proporcione um melhor desabrochar de sua argumentação, desde que seja de alguém que tenha profundidade, o que não não significa obscuridade, complexidade, idéias difíceis de entender, essas você pode jogar fora.

Particularmente, a leitura dos livros de Osho muito tem me auxiliado. Seus livros nascem das reproduções de milhares de palestras que deu em diversas partes do mundo, durante mais de trinta anos. O estilo é oral, fluente, cadenciado, poético, profundo, místico.

Osho foi um reconhecido orador. Falava com calma, no estilo zen, onde se fala fazendo silêncio. Mas quando precisava falar mais forte ribombava como um trovão.

Nunca esqueça: procure adquirir substância, vigor, energia, para sustentar sua oratória. Pois como dizia Hannad Arendt "quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ele ceda ao mal". Que ele se amedronte, que ele se acovarde.

Mire-se no destemor dos espíritos nobres e você conhecerá a força de suas palavras.

Um comentário:

Cristina Rafaela disse...

Boa dica, Sanderson!

Incrível... A arte da oratória já era ensinada na Grécia Antiga.

Abraços!