domingo, 2 de novembro de 2008

O vício de falar mal da vida alheia

Já ouvi muito dizer que o pior vício de se abandonar é o vício do tabagismo.

Não temos como negar que não é tarefa fácil. Mas muitos conseguiram se libertar, inclusive eu.

Tem um vício que é maior que o do tabagismo: viver falando mal da vida alheia.

No vício do cigarro, pelo menos, a pessoa sabe que é viciada.

Mas quem fala mal da vida dos outros sempre diz: "é só um comentário", "não é falando mal não, mas o fulano..."

Alguns até, cinicamente, dizem: " menino, agora vamos falar mal da vida dos outros....". E baixa a lenha, com o aval e para o deleite dos que escutam, loucos que estão para falar mal da vida alheia também.

"Fica só entre nós isso". É assim que palradores da vida dos outros concluem a conversa. Os mais afoitos verborrajam: "falo e não peço segredo."

Quem vive falando mal da vida alheia não pode ser feliz, porque não tem tempo de olhar para seu próprio ninho e tentar corrigir seus defeitos. Fala mal dos filhos dos outros, da profissão dos outros, dos relacionamentos dos outros, da religião dos outros, dos costumes dos outros, dos erros dos outros.

Quando alguma desgraça aconteçe na vida do linguarudo ele passa a se lamentar e a interrogar a Deus o que fez para merecer tamanho sofrimento. Esquece da chamada lei da afinidade: se desejo ou faço o mal vou colher o mal, se desejo ou faço o bem vou colher o bem.

O fumante que pára de fumar sente um alívio da alma e do corpo que o não fumante não consegue medir. Quem sabe do prazer de viver sem o cigarro, não é quem nunca fumou, mas o ex-fumante.

Controlar a língua, vigiar-se, envergonhar-se, almejar o burilamento moral, ter consciência do vício, temer as conseqüencias de se intrometer onde não deve, são os melhores antídotos para deixar de falar mal da vida alheia.

O prazer de largar um vício é uma das melhores felicidades do mundo, porque vencemos o pior de todos os adversários: nós mesmos.

Se por acaso não for possível deixarmos de falar mal da vida alheia, então o melhor é seguirmos o conselho dos mestres: cortar nossa própria língua. Quando morrermos pelo menos não daremos tanto aborrecimento aos familiares, com a famosa queixa da necessidade de dois caixões para enterrar o língua grande.

Um comentário:

Anônimo disse...

Informações úteiѕ e pгοjеto mаravilhoso que tеm аqui!
Eu goѕtarіa de agгadecer a vοcê рοr comρаrtilhаr ѕuas
idéiaѕ e coloсar o temρo paгa os aгtigos quе vοсê publica!

Bom trabalho!
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